quarta-feira, 11 de novembro de 2009

COPA DO MUNDO DE 1974 - GRANDE FINAL







A GRANDE FINAL
HOLANDA 1 X 2 ALEMANHA OCIDENTAL

7 de julho de 1974 - Olimpiastadion, Munique


HOLANDA: Jongbloed, Suurbier, Haan, Rijsbergen (De Jong) e Krol; Jansen, Van Hanegen e Neeskens: Rep, Cruyff e Resenbrink (René Van der Kerkhof).

ALEMANHA OCIDENTAL: Maier, Vogts, Shwarzenbeck, Beckenbauer e Breitner; Bonhof, Hoeness e Overath; Grabowisky, Muller e Holzeinbein.

JUIZ: Jack Taylor (Inglaterra)

O dia 7 de junho de 1974 é uma data inesquecível para o futebol holandês.

Era a primeira vez, após dez Copas do Mundo, que a Holanda chegava a uma finalíssima para a disputa do título mundial. Era a favorita e tinha a opinião geral a seu favor. Logo nos primeiros instantes da partida, exatamente aos dois minutos, após vários passes trocados pela laranja mecânica numa tentativa de enervar os alemães ocidentais promovendo um "olé", Cruyff penetra na área, perseguido por Vogts, sua sombra, e sofre pênalti. O árbitro inglês Jack Taylor não quer nem saber que são apenas 2 minutos de jogo: assinala acertadamente a marca fatal.
Johan Neeskens, camisa 13, batedor oficial de pênaltis e o artilheiro dos momentos difíceis, chuta de pé direito e vence Sepp Maier à meia altura, para o conforto das esposas dos jogadores holandeses, presentes com seu apoio, no Estádio Olímpico de Munique, marcando então seu 5º gol na Copa. O gol de Neeskens de pênalti abria a contagem.



Holanda um a zero. O que muitos previam começava a se tornar realidade. Mas o placar parcial a seu favor parecia ter dado uma tranqüilidade excessiva à equipe holandesa, inexperiente em finais de Copa, jogando contra uma equipe competente, que estava atuando em sua casa e com o apoio incessante de sua torcida. Os alemães ocidentais, orientados dentro das quatro linhas pelo capitão e principal jogador Franz Beckenbauer, também conhecido como o "Kaiser", tentavam se recuperar do golpe aos poucos, tendo como apoio 80% da massa. Um pouco antes do empate alemão, a tranqüilidade excessiva holandesa começava a prejudicar a própria equipe. O meio de campo Van Hanegen mostrava isso, agredindo Gerd Müller com um empurrão violento jogando-o ao chão, nas costas de Jack Taylor, mas recebia cartão amarelo após ser dedurado pelo bandeirinha uruguaio Ramón Barreto. Aos 25 minutos de jogo, pênalti de Jansen em Holzenbein quando este tentava se infiltrar pela área via ponta esquerda. Paul Breitner, o batedor oficial da Alemanha Ocidental converte em gol e a história do jogo então mudaria. A armadilha do técnico Helmut Shoen, discípulo de Sepp Herberger, o técnico alemão campeão mundial de 1954, começava a funcionar.
Os dois capitães na final do Mundial de 1974 ,Paul Breitner engana Jongbloed e empata.
Berti Vogts, que viria a ser o técnico da Alemanha na Copa de 1994, chuta à queima-roupa e perde um gol feito, evitado pela excelente defesa de Jongbloed. Minutos depois a defesa laranja, num instante de desatenção, permitia a Gerd Müller, aos 42 minutos ainda do primeiro tempo desempatar o jogo após um passe vindo da direita, chutando da meia lua. Krol não consegue evitar o arremate. A rápida jogada pela direita e o bom posicionamento do atacante alemão colocam a Alemanha Ocidental em vantagem no placar: Alemanha 2 a 1.

No segundo tempo, as coisas começavam a mudar.

A Holanda tentava se reorganizar na partida, atacava constantemente criando inúmeras oportunidades de gol, mas a bola negava-se a entrar.

Breitner salva um gol quase em cima da linha.

O incansável ataque do carrossel dá muito trabalho ao grande goleiro Sepp Maier, mas o alemão estava impressionante na partida. O artilheiro Gerd Müller ainda faria um gol anulado por Jack Taylor.
O artilheiro Gerd Muller vira o jogo em 2 x 1.

Num raro minuto de desatenção da defesa holandesa, Holzenbein ataca pela esquerda e sofre novo pênalti cometido por Jansen, a mesmíssima jogada do primeiro tempo quando se deu o empate, mas dessa vez o juiz inglês Jack Taylor não marca nada. E Maier, cuja atuação foi irrepreensível, quase se contundia com uma entrada de Cruyff e se irritava com Neeskens, mas foi acalmado pelo maestro Franz Beckenbauer, que então detinha o controle do jogo. Talvez a Holanda mereceu o empate pelo futebol que apresentou no segundo tempo. Talvez a Alemanha chegara à final contando com a caprichosa ajuda da sorte, sem dúvida um fator necessário a toda equipe que aspira à vitória.
A defesa alemã resiste às incessantes
investidas holandesas à sua meta.

Mas o Futebol Total mostrado nessa Copa do Mundo foi, sem dúvida, apresentado pela fantástica Laranja Mecânica, ou Carrossel Holandês, como preferirem definir a seleção holandesa, a última das grandes seleções reveladas num Mundial.
para conhecer melhor a equipe-base holandesa

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